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sábado, 25 de dezembro de 2010

A re-descoberta das emoções

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Estimulos Sensoriais - Liberação energético-informativa hormonal

Enquanto estudamos a distribuição de receptores, descobrimos que o sistema límbico não está apenas no cérebro dianteiro, nas localizações clássicas da amígdala e do hipotálamo. Percebe-se que o corpo possui outros locais onde se localizam muitos receptores diferentes de neuropeptídeos, locais onde há muita atividade química. Denominamos esses pontos de ‘pontos nodais’ e eles são anatomicamente localizados em áreas que recebem muita modulação emocional.

Um ponto nodal é a ponta dorsal (costas) da corda spinal, que é o ponto de entrada da informação sensorial. Esta é a primeira sinapse dentro do cérebro onde a informação sensorial do toque é processada. Descobrimos que para praticamente todos os sentidos dos quais conhecemos a área de entrada, o ponto é sempre um ponto nodal de receptores de neuropeptídeos.


A distribuição temporal (recente e remota) da memória mostra que as emoções estão intimamente ligadas com memórias recentes e ambas tendem a desaparecer com o tempo, se não forem realimentadas até se registrarem na memória remota. Para esquecer uma dor emocional o melhor remédio é nos afastarmos de seu agente causador por algum tempo. Mais ainda, há indícios que apontam para uma memória distribuída por todo o corpo e em tudo e o coração parece ter uma função tão importante quanto o cérebro na formação e recuperação da memória (Cf. adiante).

Cada ser humano, é único, individual e integral.
Grande parte dos sintomas corporais, estão relacionados a processos inflamatórios agudos, crônicos de compressões de raízes nervosas, emocionalizações bioquimicas ou somatizações de origem psíquica. As articulações, músculos e órgãos internos sofrem sérios prejuízos a partir dos problemas na coluna vertebral, por exemplo, devido ao fato de todo o corpo estar “conectado” as raízes nervosas que partem da medula espinhal. Quando uma raiz nervosa apresenta compressão, um distúrbio muito comum e prejudicial se manifesta e pode ser definido como o que se chama de alteração de sinal nervoso. Essa alteração se caracteriza pelo hipo-sinal (pouco sinal, falta de sensibilidade) ou hiper-sinal (excesso de sensibilidade, inflamação).  A redescoberta das emoções, como fator primordial dos distúrbios, redefinem o ser humano mais uma vez, como uma máquina totalmente conectada.

SENTIR leva informações Neurosensoriais de Defesa ou Ataque

Psicoterapeutas cognitivos, atualmente, aceitam um sistema chamado “Modelo Modal” de memória, que cita três tipos de memória: a memória sensorial, que armazena temporariamente informações captadas pelos cinco sentidos, a memória de curto prazo, que guarda informações por um “período quantum” (sete mais dois ou menos dois segundos) 74:175, limitados a sete itens, e a memória de longo prazo, que pode guardar grandes volumes de informação por muito tempo. Esse esquema se aplica à memória do sistema nervoso. Hoje a cardioenergética propõe a existência de uma memória energético-informativa que armazena a energia informativa contida em cada pessoa, lugar ou objeto na forma de uma profunda memória celular, e que o coração tem um papel central como criador e recuperador de memórias celulares.

A área têmporo-parietal situa-se entre as áreas de associação secundárias auditiva, visual e sensitiva periférica, dessa forma integrando as informações dessas três áreas. Essa área especial é a responsável pela percepção das partes do corpo e pelas relações espaciais entre este e o “espaço” extracorporal. É a nossa parte que nos dá a noção aparente de um “eu” separado do Universo.


Sistema Nervoso - Neuropeptídeos -  Estimos Sensoriais
A ERA DE SÃO TOMÉ
O pensamento humano, nos últimos dois séculos, desenvolveu e aprimorou uma forma analítica de processar as coisas observadas pela coesão científica, baseada nos fatores 'visiveis, racionais e palpáveis.
De maneira cada vez mais cartesiana, a ciência moderna, segue como metodologia: processo infinito/ dinâmica/ análise infinitesimal/quantidades/ causalidades/ do particular para o geral/ dos fenômenos e das
ciências particulares talvez à filosofia/ Hypothesis non fingo.

O século XVIII particularmente, constituíu uma visão integral e sistêmica, claramente visível em "A Biologia dos Tempos de Goethe", são: para a ciência antiga, finalização/ estática/ geometria/qualidades/ contingência/ do geral para o particular/ da filosofia às específicas e aos fenômenos/ Deus como ponto de partida imprescindível. SEMPRE!!!

  Fragmentar o saber  é promover uma visão compartimentalizada e reducionista. 

.................. Nobresa do século XIX: "Tudo para o povo, porém sem o povo"....... O conhecimento  de maneira lógica, padronizada, a formação conceitual, as sensações e as explicações baseadas em conceitos rígidos, fragmentadamente racionais e incompletos que seguem pistas falsas. (ocultos).

Mas nem tudo o que percebemos pode ser explicado. Nem tudo o que sentimos é lógico e pode ser conceituado.
Algumas compreensões se fazem sem explicações. A intuição independe do pensamento. Há momentos que o tempo é fluido e percebemos causa e efeito. Há momentos em que percebemos a relatividade do tempo e a sincronicidade das coisas. Existem incertezas e existem precisões. A plenitude humana está em desenvolver equilibradamente esses nossos processos mentais sintéticos e analíticos, integrando-os. Do contrário se ficará unilateral e desequilibrado.


OS SENTIMENTOS E AS DOENÇAS.

O Sistema Imunológico é o responsável pela vigilância do organismo contra a proliferação das células através de um tipo de linfócito denominado NK (Natural Killer). Muitos estudos já mostram que a função dos linfócitos T-killer sofre influência da resposta pessoal ao estresse, que, quando negativa, provoca uma supressão da função daquelas células, acarretando o aumento da extensão do tumor maligno e da probabilidade de metástases, principalmente em casos de câncer de mama e melanoma maligno. Essa resposta pessoal está muito presente na personalidade tipo C.

Consciênte e Incosciênte
Neste tipo de personalidade, a tendência à raiva junto com o controle e a supressão das emoções, comportamento forçosamente harmonioso e paciência desmedida mas dissimulada, estão sempre presentes. A amabilidade excessiva, porém, às vezes contrariada, o uso excessivo da negação e da repressão (mecanismos de defesa), ou seja, um rígido controle da expressão emocional, são importantes fatores ligados ao desenvolvimento tumoral e a um risco aumentado de metástases em um câncer já tratado, pois estão associados à diminuição da competência do Sistema Imunológico.

“Os males de que estamos sofrendo tiveram sua base na própria criação do pensamento humano” 74:234 
Pierre Teilhard de Chardin (1.881-1.955)

A evocação da memória, do raciocínio, da consciência e do pensamento, são as funções principais desse sistema nervoso de função eminentemente subjetiva. A memória recente se acha intimamente relacionada com o sistema límbico, mais precisamente com o hipocampo e com o corpo amigdalóide, estruturas associadas com as emoções (Cf. adiante). O hipocampo está intimamente relacionado com o processamento e assimilação de novas informações, envolvido em memórias instantâneas ou episódicas. Lesões hipocampais incapacitam a recordação de coisas acontecidas há poucos minutos.

Mas a memória remota, que, mais estável, permanece inalterada mesmo após graves danos cerebrais, não está associada com nenhuma estrutura encefálica em particular. Essa memória estaria gravada por todo o neocórtex (tipo de córtex presente em 90% do cérebro, à exceção do hipocampo, úncus e giro para-hipocampal, o arquicórtex e o paleocórtex, ligados à olfação e ao sistema límbico), provavelmente de maneira semelhante a um holograma.

“A memória... humana não depende de nenhuma estrutura nervosa isolada, mas da intensa interação entre elas”
(SCIAM 17:102) Iván Izquierdo
Coordenador do Centro de Memória do Departamento de Bioquímica da UFRGS.
Experiência Transcedental



 PSICOTERAPIAS x PSICOLOGIA TRADICIONAL

A química emocional é descoberta da Bioquímica e inesgotável fonte de estudos da Neurociência.
Neuropeptídeos são substâncias químicas produzidas e liberadas pelas células cerebrais e determinadas outras células. Pesquisa recente indica que esses neuropeptídeos podem fornecer a chave para um entendimento da química da emoção do corpo. Aparentemente servem como uma recém-descoberta forma de comunicação interna do corpo. Essa é a conclusão da bioquímica Dra. Candace Pert, que descreve a pesquisa que a levou a este ‘insight’ no artigo anexo. Ela também explora as implicações de longo alcance desse novo ‘link’ informacional.

Pert esteve entre os primeiros pesquisadores que demonstraram que drogas opiáticas como a morfina e a heroina se agregam às células ou ‘sites receptores’ no cérebro. Essa descoberta, juntamente com a descoberta de que o corpo produz suas próprias químicas do tipo opiato que se agregam aos mesmos sites receptores, abriu toda uma nova abordagem à investigação do papel da química cerebral e das emoções humanas.

A relação entre os neuropeptídeos e seus sites receptores específicos se assemelha ao da ‘chave com o trinco’. Os neuropeptídeos flutuam através de, praticamente todos os fluidos do corpo e são atraídos apenas a receptores específicos porque de fato, se encaixam em trincos específicos. Isto estabelece um sistema de informações no qual os neuropeptídeos ‘falam’ e os receptores ‘ouvem’. Pert acredita que esse sistema de comunicação é fundamental à bioquímica da emoção. "Quando documentarmos o papel primordial que as emoções, expressas através das moléculas de neuropeptídios, desempenham em afetar o corpo, se tornará claro que as emoções podem ser a chave ao entendimento da doença" diz Pert.

SOMOS SERES MUTANTES - Deepak Chopra - Endocrinologista Ayurvédico

Irei descrever uma variedade de descobertas fascinantes, na maioria recentes, sobre as substâncias químicas no corpo denominadas neuropeptídeos. Baseada nessas descobertas, vou concluir que os neuropeptídeos e seus receptores formam uma rede de informações dentro do corpo. Talvez essa sugestão pareça relativamente inócua, mas suas implicações são de longo alcance.

Eu acredito que os neuropeptídeos e seus receptores são uma chave para entender como a mente e o corpo estão interconectados e como as emoções podem ser manifestadas em todo o corpo. De fato, quanto mais aprendemos sobre os neuropeptídeos, mais difícil se torna pensar nos termos tradicionais sobre a mente e o corpo. Faz cada vez mais sentido falar de uma entidade única, integrada, um ‘corpo-mente’.

A maior parte do que descreverei são descobertas laboratoriais, ‘hard science’(ciências não convencionais).
Mas é importante lembrar que o estudo científico da psicologia tradicionalmente foca um aprendizado pré-estabelecido comportamental, de cognição e enfoque apenas no padrão mental.
A recente descoberta dos neuropeptídeos e a quimica da emocionalização, mudam completamente o andar da carruagem.
O instinto humano e a resposta bioquimica NATURAL são as principais sinapses que o organismo físico e mental processa em suas memórias; 
 sensorial, de curto prazo, longo prazo e memória celular.
  Isto significa que se olharmos o índice de livros recentes sobre psicologia, dificilmente encontraremos uma categoria para ‘consciência’, ‘mente’ ou até mesmo ‘emoções’.
Esses tópicos basicamente não estão na esfera da psicologia experimental tradicional, que estuda primordialmente o comportamento porque é algo visível e mensurável.
De fato, partindo de uma tradição onde os livros nem contêm a palavra ‘emoções’ no índice, não foi com pouca trepidação que ousamos começar a falar sobre o substrato bioquímico das emoções.

O sistema límbico se refere a um setor de partes neuro-anatômicas do cérebro que incluem o hipotálamo (que controla o mecanismo homeostático do corpo e às vezes é denominado o "cérebro" do cérebro), a glândula pituitária ( que regula os hormônios do corpo) e a amígdala. Vamos falar principalmente do hipotálamo e da amígdala.

Os experimentos que demonstram a conexão entre as emoções e o sistema límbico foram realizados inicialmente por Wilder Penfiels e outros neurologistas que trabalharam com indivíduos conscientes, acordados. Eles descobriram que quando usavam eletrodos para estimular o córtex sobre a amígdala, poderiam evocar uma larga gama de demonstrações emocionais: reações poderosas de sofrimento, de dor, de prazer associadas a memórias profundas, e também o acompanhamento somático total de estados emocionais. O sistema límbico, portanto, foi identificado primeiro por experimentos psicológicos.

Quando começamos a mapear a localização dos receptores opiáticos no cérebro, descobrimos que o sistema límbico é altamente enriquecido por esses receptores (além de outros que eventualmente descobrimos também). A amígdala e o hipotálamo, ambos considerados classicamente como os principais componentes do sistema límbico, estão de fato reluzindo com receptores opiáticos, 40 vezes mais que nas outras áreas do cérebro.

Esses hot spot" (pontos de foco) correspondem ao próprio núcleo ou grupos celulares que psicólogos fisiológicos identificaram como mediadores de tais processos como comportamento sexual, apetite, equilíbrio de água no corpo. O fator primordial é que nosso mapeamento de receptores confirmou e expandiu de maneiras importantes os experimentos psicológicos que definiram o sistema límbico.

Agora me permita introduzir alguns outros neuropeptídeos. Eu já observei que de 50 a 60 substâncias são atualmente consideradas neuropeptídeos. De onde vêm? Muitos são análogos naturais de drogas psicoativas.
Planeta dos macacos
"Você acreditou porque viu.
Abençoados aqueles que acreditaram sem ver o que ainda estava obscuro para muitos homens.
Agora espalhem as boas novas"


Cérebro :: A química perfeita das emoções

Como os neurônios transformam uma situação positiva em sensação agradável
Acreditar que a felicidade depende unicamente da perfeita harmonia do sistema neurológico humano seria tão equivocado quanto deixar de incluir o corpo e a mente saudáveis no conjunto de fatores responsáveis por esse estado de espírito. Todas as atividades humanas, da respiração à alimentação, da dor ao prazer, passando pela aquisição da memória, precisam ser decodificadas em diferentes partes do cérebro para que se tenha consciência delas. O transporte das informações adquiridas durante a existência é feito pelas sinapses – as conexões entre os cerca de 100 bilhões de neurônios que compõem o sistema nervoso.

Essas ligações – cerca de 10 mil por segundo – ocorrem por meio de um processo químico, pelo qual diferentes neurotransmissores – substâncias produzidas nos próprios neurônios – se encarregam de transmitir as mensagens recebidas, externa ou internamente, até a região capaz de reconhecê-las. "Como a felicidade é um sentimento complexo, difícil até mesmo de ser definido, é possível que envolva várias áreas cerebrais. No entanto, o sistema límbico, conhecido como o centro das emoções, provavelmente está mais intimamente relacionado com ela", explica o neurologista Mauro Muszkat, da Universidade Federal de São Paulo.

Localizada na região central do cérebro, essa região é formada por quatro estruturas: amígdala, hipocampo, giro cingulado e fórnix. Todas se interligam, e embora não se possa atribuir a cada uma funções exclusivas, elas contribuem em maior ou menor escala para a formação de determinadas emoções. A mais relacionada à felicidade é a amígdala, envolvida com sentimentos elaborados, como amor, amizade, humor, medo e agressividade. O conjunto dessas estruturas, denominado sistema límbico, é a estação intermediária entre a região cerebral onde as emoções são recebidas, e o local onde elas são decodificadas. "No caso da felicidade, quem faz essa ponte é, sobretudo, a dopamina, responsável pela alegria e pelos sentimentos positivos", explica o neurologista Ademir Baptista Silva, também da Universidade Federal de São Paulo. De acordo com ele, é no sistema límbico que estão disponíveis o maior número de receptores da dopamina, capazes de reconhecer essas sensações e enviá-las para o córtex cerebral, que faz com que o indivíduo tome consciência delas. Também chamado de massa cinzenta, o córtex é a camada mais superficial do cérebro, que recebe todo tipo de estímulo sensorial, dos motores aos psíquicos, e os envia para as regiões onde são transformadas em respostas adequadas, como movimentos ou reações emocionais.


1 - Substância negra; 2 - Cérebro; 3 - Córtex cerebral; 4 - Neurônios; 5 - Eixo de neurônios; 6 - Moléculas de dopamina


1 Produção
Quando alguém passa por situações positivas ou desejadas, é estimulada a produção de uma substância chamada dopamina na região do cérebro conhecida como substância negra

2 Armazenamento
Nos terminais de alguns neurônios, a dopamina é depositada em pequenas vesículas

3 Liberação
Para transportar sinais elétricos gerados pelo estímulo, as vesículas liberam a dopamina para outros neurônios, estabelecendo ligações, as chamadas sinapses

4 Felicidade
Levados até o córtex cerebral, os impulsos elétricos transformam-se em sensação de bem-estar

O homem que mudou

Se uma pessoa sofre lesões em algumas dessas regiões do cérebro, provavelmente não responderá da mesma maneiras aos estímulos do ambiente. Um dos estudos mais famosos sobre a influência desse mecanismo nas emoções ocorreu em 1848, na construção de uma estrada de ferro em Vermont, nos Estados Unidos, e tornou-se um estudo clássico em neurologia. O supervisor da obra, um jovem de 25 anos chamado Phineas Gage, preparava uma carga de pólvora para explodir uma pedra, quando atingiu uma barra de ferro que havia dentro do buraco, causando uma explosão. O bastão de seis quilos atravessou sua cabeça. Gage não morreu, mas teve uma região do córtex cerebral seriamente danificada. Segundo relatos de seus colegas de trabalho, antes do acidente, o operário era equilibrado emocionalmente, gentil, além de inteligente e obstinado. Após o ocorrido, tornou-se anti-social, praguejador, mentiroso, passou a ter péssimas maneiras e já não conseguia manter-se em um trabalho por muito tempo ou planejar o futuro. O caso de Gage tornou-se exemplar, e a parte do cérebro que ele perdeu, os lobos frontais, passou a ser associada à expressão das emoções.



O gene da felicidade


Além dos fatores ambientais, neurológicos e sociais, a tão sonhada fórmula da felicidade também inclui componentes genéticos. A conclusão é de uma pesquisa realizada pelo geneticista e psicólogo David Lykken, da Universidade de Minnesota, e publicada em um livro de 1999 chamado Happiness (Felicidade, traduzido no Brasil pela Editora Objetiva). Lykken analisou mais de 400 pares de gêmeos idênticos e fraternais e verificou que os idênticos, mesmo crescendo em ambientes separados, apresentavam a mesma capacidade de manter o equilíbrio emocional.

O estudo apontou pequenas variações nos níveis de bem-estar causadas por diferenças de renda, sexo e outras características demográficas. A geneticista Mayana Zatz, do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, concorda com os resultados obtidos por Lykken, mas pondera que a felicidade não é uma herança direta de suscetibilidade, como a cor dos olhos, ou do cabelo. É uma herança multifatorial, que depende do ambiente. Segundo ela, todo mundo possui esses genes, que regulam a quantidade dos neurotransmissores responsáveis pelas sensações de bem-estar, como a serotonina e dopamina. A diferença é que cada indivíduo produz uma quantidade diferente de neurotransmissores.
'Além da pesquisa ter fundamento, já que existem pessoas que têm tudo para serem felizes e vivem num tremendo baixo astral, e vice-versa, se for comprovado que existe realmente um componente genético no equilíbrio das emoções, pode ser um grande passo para a prevenção de doenças ligadas às emoções, como a depressão e o alcoolismo', conclui a geneticista.